que me ias deixar calado, enganaste-te bem.
começo aqui a minha vingança
e a minha redenção
rendi-me
à palavra que foste
e àquela que sou
não
deixei-te descrita nas paredes de outros tanto quartos
deixei que o teu último suspiro se pendurasse
para enferrujar
não me faças isso
marquei-te
não me tocaste
vinquei-te as pernas
deixei-te o cabelo mastigado
arrancado a punho seco no chão por baixo dos teus pés
nem olhaste
empastelou o último riso que largaste ao descuido,
rameloso de tão velho
cão
penduraste-me pelo peito
ladrei-te
que me ouvisses
julguei-te.
morta
minha.
Wednesday, August 30, 2006
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